quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Encontro Anual "Ora Vejamos..." 2009


Amizades,


O Encontro Anual "Ora Vejamos..." 2009, referente aos Concursos de Contos e Poesia do corrente ano, decorreu a 05-12-2009 no aprazível e excelente restaurante Adega do Mouzinho, em Leiria.


Juntou muitos amigos à volta do mentor do sítio "Ora Vejamos..." e dinamizador dos concursos, Henrique Sousa, entre concorrentes e acompanhantes.


Ficou-nos a lembrança duma tarde memorável que desejamos se repita mais vezes, e ficou-nos também imensa saudade dos ausentes.


A todos os Amigos do "Ora Vejamos...":


BEM-HAJAM!


Para terem uma ideia, fica aqui um vídeo do evento. É um pouco extenso, ca. de 32', mas não foi possível fazê-lo mais curto:


sábado, 12 de dezembro de 2009

Joan Margarit


Da OVNI recebemos via email:


Joan Margarit na Casa Fernando Pessoa



Joan Margarit, uma das grandes figuras da poesia catalã contemporânea, lança o seu primeiro livro em Portugal a 14 de Dezembro, pelas 18.30h, na Casa Fernando Pessoa. Na sessão participará também o escritor Fernando Pinto do Amaral.


Casa da Misericórdia tem chancela da ovni e tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas, e recebeu, entre outros, o Prémio Nacional de Poesia em 2008, galardão conferido anualmente pelo Ministério de Cultura de Espanha à obra de poesia que mais se destaca em qualquer uma das línguas oficiais do país.



Para mais informações, por favor consulte:


Microsite OVNI dedicado à obra de Joan Margarit

http://joanmargarit.ovni.org/


Casa da Misericórdia no site da OVNI

http://www.ovni.org/2009/12/casa-da-misericordia/


Casa Fernando Pessoa

http://joanmargarit.ovni.org/cfp


OVNI® é uma marca registada

Efeito Avestruz Associação Cultural

Rua Fernando Pessoa, 59

2330-156 Entroncamento

Portugal

info@ovni.org

www.ovni.org


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Horas Meridianas - livro


Do autor, o poeta oeirense Carlos dos Santos Bueno, recebemos via email:


Horas Meridianas

Carlos dos Santos Bueno [ autor ]

21 Novembro 2009, 18h00

Pub Beer Hunter, Oeiras


clique para ampliar


Pub Beer Hunter

Rua de Santo António, 6

2780-164 Oeiras

( junto à estação da CP de Oeiras )

21 442 91 68

GPS: N 38° 41.310, W 9° 19.30


domingo, 15 de novembro de 2009

Outra vez o Isaltino


O nosso amigo e distinto poeta oeirense Carlos Santos Bueno, de quem já falámos e publicámos poesia aqui e aqui, enviou-nos via email com pedido de publicação um delicioso poema que partilhamos convosco:


Outra vez o Isaltino


Príncipe dos ladrões, autarca,

Indomável, que nem os grilhões,

Da Santa Sé e da Comarca,

Deixam indiferente às opiniões.


És comum entre os de marca,

És do povo e dos Napoleões,

O português mais anarca,

Que conheci entre os ladrões.


Outros menos espalhafatosos,

Que roubaram não um ou dois milhões,

Mas muito mais aos idosos,


Da Caixa Nacional de Pensões,

Pedem-te a cabeça ociosos,

Ò Isaltino, Príncipe dos Ladrões!


9/10/2009


Carlos Santos Bueno


sábado, 8 de agosto de 2009

Aviso - actualização

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Caros Amigos:

Com a esperança que esta seja a última vez que abordo este assunto, actualizo a notícia que em 31 de Julho dei
aqui, - na qual eu referia que por motivos de avaria técnica (computador) o meu trabalho na blogosfera estava comprometido -, informo que felizmente a situação está para já resolvida e espero voltar ao 'activo' com a energia e regularidade habituais.


Por ter perdido com estes percalços algum material já preparado e em preparação para publicação, além da necessária e demorada tarefa de 'arrumar a casa', estes primeiros dias irão ser ainda um pouco atribulados, mas espero em breve entrar no ritmo habitual, talvez com algumas novidades que entretanto me assomaram à ideia.


Com os desejos de que tudo volte rapidamente a rolar sobre esferas, e o anseio de depressa voltar ao vosso agradável convívio, até já!

José António Baptista

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aviso

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Caros Amigos:

Actualizando a notícia que em 23 de Julho fiz, apenas aqui no blog Espaço e Memória, na qual eu mencionava que por motivos técnicos, concretamente avaria de equipamento, previsivelmente breve, o meu trabalho na blogosfera, e não só nesta, estava comprometido e a sofrer alguns percalços, informo que infelizmente a situação se mantêm apontando neste momento as previsões possíveis para pelo menos mais uma semana, pelo que tão cedo não me será possível voltar ao vosso contacto.

Nota: Estou a publicar a partir duma outra máquina, que obviamente, não contém o material que necessito pelo que o que me é possível fazer é necessariamente muito limitado.

Com os desejos de que esta suspensão se resolva rapidamente, e o anseio de depressa voltar ao vosso agradável convívio, até já!

José António Baptista

terça-feira, 21 de julho de 2009

A pastora e o lobo mau

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Uma fábula para adormecer criancinhas e manter os adultos acordados...


A PASTORA E O LOBO MAU

A chuva torrenciava descomunal no lombo do rebanho que estremecia e balia agrupando-se numa mole compacta de lã molhada e perninhas hesitantes e trémulas.
Abrigada sob uma azinheira, encostada ao tronco húmido e túrgido, modestamente vestida, a pastora fumava um chamom enquanto pensava na sua pobre vida.
Deixou o seu pensamento vogar ao sabor do vento no oceano das memórias mais remotas. Assomaram-lhe ao espírito os dias da juventude, de mocinha, em que pastoreava naqueles mesmos montes, e era hábito o lobo mau aparecer para a comer.
E o prazer que ela tinha em ser comida por ele!
Recordou, melhor, sentiu o calor subir-lhe do baixo ventre como naquela primeira vez que se repetiria por muitas outras. Quase todos os dias, que aquele lobo mau tinha uma fome insaciável!
Mas um dia isso acabou. O lobo mau desapareceu e ela nunca mais o viu.
Um dia chegou-lhe aos ouvidos que dois pastores tinham encurralado um lobo mau na serra, que o tinham matado à paulada e esfolado para aproveitarem o pêlo para as golas das samarras.
Nessa noite fria, na solidão do seu pequeno e acanhado quarto e na tepidez áspera do seu catre, o seu coração apertou-se, angustiou-se com a lâmina que nele se cravara com a notícia e ela chorou convulsivamente toda a noite. Até o sol raiar e ser chegada a hora de levar uma vez mais o rebanho ao pasto.

Perdera o seu lobo mau que tanto prazer lhe dera. Que tanto a fizera gozar.
Mas nem tudo se perdera para ela. Ficara-lhe como recordação desses belos tempos o lobinho que dentro do seu ventre crescera, e que ela pusera no mundo, ali em cima escondida atrás duma fraga. Sozinha e sem ajuda, não podia dizer a ninguém. Pessoa alguma a questionara, pois a barriga crescera pouco, visto o lobinho ser muito pequenino, pouco maior que uma romã. A roupa larga disfarçara bem. Não notaram que andara de esperanças. Nem o sinistro padreco da aldeia, manco duma perna, que sabia a vida de toda a gente, com seus olhos de coruja e faro de raposa, desconfiara. E assim parira.
No alto da serra, atrás dum penedo, bem camuflada com urzes, fizera uma toca bem acolhedora e quentinha onde deitara o lobinho em cima da camisola que despira para o efeito, dissera em casa que a tirara com o calor e a perdera, e de noite, todas as noites, saía de casa na aldeia lá em baixo, sem ninguém dar por ela, depois de adormecerem, e subia até à toca para levar leite e alimentar o seu lobinho que, claro, com tanto amor e desvelo cresceu e se fez um belo e possante lobo negro que, por sinal, não parecia tão mau como o pai.
Mas também ele um dia partira para parte incerta.
Uma noite ela subira até à toca para lhe ir levar um belo naco de carne e ele não estava.
A toca estava vazia. Gelada.
Chamara-o num lamento pungente, lancinante, mas ele não respondera ao apelo materno e nunca mais o viu ou soube dele. Perguntar a alguém se o tinha visto estava fora de questão. Nunca poderia revelar o seu segredo. Antes viver eternamente na dor da separação e perda.
O certo é que, acreditava, tinha sinais dele. Sempre que em noites de lua prenha ela ouvia um uivar longínquo como um lamento solitário no alto da serra, sentia um aperto no coração pois reconhecia naquele grito lancinante a voz da sua descendência, da sua cria agora adulta. Era como se ele lhe gritasse de longe "não chores, mãe, eu estou aqui e estou bem!"

O tempo passou no seu constante ramerrão.
A pastora continuou na sua vida de sempre, a pastorear na mesma serra, pelo meio das mesmas fragas e penedos, nos mesmos pastos, andando pelas mesmas veredas.
Um dia, quando na volta conduzia o rebanho a caminho do redil, a meio da encosta cruzou-se no caminho com outra pastora de outra aldeia, sua amiga e conhecida de longa data, que também conduzia um rebanho, e pararam a conversar um pouco as duas, rodeadas pelos animais entretidos a tasquinhar algumas ervas das bermas.
Perguntou à outra como lhe tinha corrido o pastoreio e achou curiosa a resposta "melhor que nunca!" e não deixou de notar a expressão cintilante no olhar da outra quando o disse.
Insistiu com ela para que lhe contasse pormenores, se as ovelhas e as cabras tinham comido bem, se o pasto era abundante, se tinha visto alguém, se ela também se sentia sozinha lá no alto, o que é que fazia para passar o tempo, e por aí afora. Conversa de pastoras.
Tudo o que a outra lhe respondeu correspondia a um dia normalíssimo de pastoreio, por isso achava excessiva a tal resposta "melhor que nunca!".
Tanto insistiu, tanto insistiu com a outra, afinal eram tão íntimas pois tinham partilhado a mesma carteira na escola, e feito a comunhão no mesmo dia e na mesma capela, que ela finalmente cedeu às suas insistências e aos votos e juras de que a sua boca nunca se abriria.
O seu rosto rasgou-se num enorme sorriso e uma quente e funda alegria inundou-lhe o coração quando a ouviu exclamar:

— HOJE, FUI COMIDA PELO LOBO MAU!

Oeiras 21 Julho 2009
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sábado, 18 de julho de 2009

Feira do Livro - Cascais

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Está já a decorrer:

XXIII Feira do Livro de Cascais
17 Julho a 2 Agosto
Jardim Visconde da Luz

Sem dúvida um excelente motivo para um passeio até Cascais e, quem sabe, para descobrir aquele livro que há tanto se procura.

clique para ampliar
recebido do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Câmara Municipal de Cascais, via email.
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

ROUBO !!

.Chegou-nos um email de alerta do Luís Gaspar onde este relata o grave ROUBO de que o Estúdio Raposa foi alvo, porque é de um roubo que se trata, roubo este que afecta directamente aquele audioblog mas também os autores nele lidos.
Em síntese, alguém sem escrúpulos terá roubado todos os programas do audioblog e com eles fez ringtones que estão a ser comercializados pela Vodafone, TMN e Optimus, sem que para tal tivesse havido qualquer autorização expressa ou contrato, quer do autor do audioblog, quer dos autores lidos, que assim se vêem também atingidos.

Dada a gravidade da situação, nós - que já colaborámos com o Estúdio Raposa com 2 textos de nossa autoria e por isso nos sentimos igualmente atingidos - nos solidarizamos com o Luís Gaspar e o Estúdio Raposa, aderindo ao apelo lançado pela Menina Marota:

"Um por todos, TODOS por UM"

Apelo para já também seguido pelos Poesia Portuguesa e Azoriana.
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terça-feira, 28 de abril de 2009

79.ª Feira do Livro de Lisboa

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30 de Abril a 17 de Maio
Parque Eduardo VII

Saber mais - aqui
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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

. Instituído pela UNESCO em 1996, comemora-se hoje o

Dia Mundial do Livro
e dos Direitos de Autor


Para mais informação clique neste link:
World Book and Copyright Day (em Inglês)

cartaz daqui
fotografia © josé antónio • comunicação visual - reprodução proibida
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domingo, 15 de março de 2009

revelação

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REVELAÇÃO

Era uma noite negra como breu. A lua estava nova como uma virgem intocada e o denso manto de nuvens ocultava as pálidas estrelas.
Apenas uma ténue, muito ténue, claridade permitia distinguir a longa língua negra sobre a qual caminhava, das bermas densas mais e menos escuras aqui e ali que a bordejavam.
Saíra do seu canto há já um bom par de horas em busca do sinal revelador que há anos procurava. Estava prenhe de fé. Duma fé absolutamente inabalável. Sentia que a revelação estava para breve. Para muito breve.
O cansaço fazia já efeito nas suas pernas, através duma dor aguda que descia por elas abaixo. Mas tentava não pensar nisso e continuava na sua caminhada.
Súbito, numa volta do caminho, viu o sinal. Finalmente! A tão ansiada revelação atingiu o íntimo do seu ser. Inundou-o como um oceano quente e doce.
O sinal, uma aura luminosa, cresceu desmesuradamente à frente dos seus esperançosos olhos e ele, acelerando o passo na sua direcção, gritou:

— EU VEJO A LUZ! EU VEJO A LUZ!

Não teve foi tempo para o relatar a ninguém.
O pesado camião TIR atingiu-o em cheio e continuou viagem, sem se deter.


Oeiras 14 Março 2009
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mau estar

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MAU ESTAR

O mau estar que se instalara na sala persistia e teimava em não desaparecer.
Nem a generosa porção de presunto serrano, delicadamente adormecida numa travessa de cristal da Baviera com pegas e minúsculos pés de prata, acompanhada dum excelente e genuíno queijo da Serra, docemente esparramado numa tábua de nogueira, dum saboroso, requintado, pão saloio e duma esplêndida garrafa de tinto da Vidigueira, colheita de 2001, quebravam o gelo e aliviavam a tensão opressiva acaçapada sobre todos.
A pesada e densa nuvem esmagava os presentes. Colara-se aos seus corpos como geleia.
Ninguém se denunciou nem acusou ou sequer se desculpou. E o cheiro fétido, grotesco, intestinal, permaneceu no ar por muito tempo.


Oeiras 10 Março 2009
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domingo, 8 de março de 2009

ensaio para uma micronarrativa

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Caras(os), no meu deambular pela escrita decidi explorar uma outra vertente da prosa, em busca de novos caminhos. Concretamente a Micronarrativa. Espero que vos agrade.

O que são micronarrativas?
As micronarrativas, em nosso entender, para além de serem breves (não excedendo as 200 palavras), devem ser narrativas, ou seja, contar uma história, quer seja em prosa ou em verso.
in Minguante


DISSOLVÊNCIA NO TEMPO

A névoa nevoenta, leitosa e pegajosa, que tudo cobria como um bicho peçonhento, começava a dissipar-se e a permitir o revelar das formas do mundo tido como real.
Mas havia um algo indefinido fora do lugar. Fora de si?
Não era um algo palpável. Era antes uma espécie de poeira feita de indiferença como se a realidade, apesar de descoberta pela névoa fugidia, se quisesse manter afastada de olhares indiscretos.
Fosse qual fosse a natureza obscura do fenómeno, este provocava-lhe a estranha sensação de ter deixado de pertencer àquele universo.
Via os prédios através do véu cristalino das vidraças recém limpas.
Via as pessoas e os carros através da cortina irreal que lhe tolhia a visão.
Via os objectos quietos num lugar que não lhes pertencia. Ou deixara de pertencer?
Aquela sensação começava a tornar-se atroz à medida que saía do torpor que a disfunção espácio-temporal lhe provocava.
A clareza com que aparentemente via, com o dissipar da névoa, era um embuste. Sentia-o cada vez mais intensamente.
Não conseguia despregar o olhar dos telhados que via para além da rua.
O seu aspecto etéreo hipnotizava-o.
Assustou-se e estremeceu com o ladrar de um cão longínquo.

Oeiras 17 Fevereiro 2009
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Fernando Pessoa no Second Life

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Recebemos do Luís Gaspar - Estúdio Raposa - via e-mail, uma notícia/convite que achamos merecer divulgação e que recomendamos a todos aqueles que se interessam por literatura, novas tecnologias e internet.


Numa iniciativa da Associação Comunidade Cultural Virtual, Fernando Pessoa foi recriado na plataforma de comunicação do Second Life.
Integrado na exposição "Um Olhar sobre a Mensagem de Fernando Pessoa, patente simultaneamente na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana e em Second Life® em parceria com a Câmara de Cascais.
Com realização de Hugo Almeida, considerado internacionalmente um dos melhores realizadores da técnica cinematográfica de machinima do mundo e locução de Luís Gaspar (Estúdio Raposa) foi produzido um vídeo demonstrativo desta nossa vida do poeta.

Portugal volta a estar de parabéns e a dar cartas nas novas tecnologias.
A nossa cultura volta a ter uma nova vida.

Link para o vídeo:


ou copie e cole no browser: http://blip.tv/file/1690764

Rui Lourenço

Pelo CCV

www.accvirtual.org

Divulguem!
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