instantes
Este lugar regista INSTANTES, momentos do meu ser. É um oceano, por vezes turbulento, de coisas que aconteceram, que acontecem, que irão acontecer e de coisas que... invento. É um casebre, que poderá parecer um pouco lúgubre, invaginado no seio da triste e escura floresta da minha existência, construído para os arrumos do que anda perdido na gaveta do esquecimento.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Apadrinhamento da Loja da Raposa
É para mim uma honra e um enorme privilégio receber este Certificado pelo apadrinhamento da Loja da Raposa.
Obrigado Luís Gaspar, quer pelo bom trabalho em prol da nossa Língua e da nossa Cultura, quer pela distinção.
Apadrinhe também a excelente Loja da Raposa.
Aceda aqui: http://loja.estudioraposa.com
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
BOAS FESTAS 2012 !
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Ainda o nosso “Estafermo”
segunda-feira, 2 de maio de 2011
novidades sobre o "Estafermo"
novidades sobre o "Estafermo"
[ conto ]
Caras Amigas e caros Amigos,
Hoje recebi boas novas sobre o meu conto "Estafermo", o qual se encontra online no audioblog Estúdio Raposa, onde pode ser ouvido e descarregado, lido pela excelsa voz do locutor Luís Gaspar.
Podem ver na imagem a informação que hoje recebi no Facebook:
Escrevi este conto em 03-06-2004 e com o mesmo procurei relatar um episódio da minha meninice em Alcácer do Sal, dos tempos da escola.
Um amigo perguntou-me na altura, após ler o conto, se ele era verdade ou simples ficção.
O relato é rigorosamente verídico, com crianças, objectos e locais que existiam mesmo.
Claro que procurei colorir a prosa para lhe dar um pouco dos matizes com que eu o vivi naquela altura, quando o episódio aconteceu.
Para ler o conto, que está publicado como texto no meu blog Salacia, clique aqui: http://salacia.blogspot.com/2004/06/estafermo_108701522405261871.html
Para o ouvir lido no Estúdio Raposa, clique aqui: http://www.truca.pt/armazem_som/jose_ant_estafermo.mp3
Espero que vos agrade!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
GREVE GERAL
GREVE GERAL
[ greve ]
24 Novembro 2010
Durante as próximas 24 horas não haverá publicações porque estamos em GREVE!
In the next 24 hours there will be no publishing because we are in STRIKE!
ilustração © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Um Conto Para Si: Semente
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Concurso de contos 'Ora vejamos..'. 2009
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Encontros de História e Património - 1
De acordo com o agendado e tal como tínhamos noticiado [ aqui ], decorreu no último sábado, dia 24-04-2010, a sessão de lançamento do primeiro volume dos Encontros de História e Património, o volume Diálogos em Noites de Verão 2006-2007.
Do evento damos aqui um breve apontamento em vídeo:
Este vídeo está no YouTube [ aqui ]
vídeo © josé antónio • comunicação visual, reprodução proibida.
domingo, 14 de março de 2010
Crónicas da Sala de Espera
capa do livro
Pedro Beça Múrias tem 47 anos e é jornalista.
Tendo ultrapassado um cancro, a sua experiência chega agora até nós sob o formato de livro. [ in Fnac Agenda, 01-15 Março 2010, p. 20 ]
Eu não podia faltar a um acontecimento tão importante e no dia 10 fui à Fnac Chiado ao lançamento do livro do Pita, como o conhecemos entre amigos de infância e de bairro.
Numa sala acolhedora repleta de amigos e convidados, entre os quais reencontrei amigos que não via há muitos anos, o Pedro disse-nos da sua terrível experiência e razão deste livro.
Uma obra cuja leitura recomendamos vivamente, pois trata-se dum pugente testemunho de vida, de vontade e de coragem que muito nos pode ensinar.
Parabéns ao Pita pela sua força e coragem e pelo livro!
Desejos dum futuro repleto de realizações e felicidade!
Forte Abraço do Zétó!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Encontro Anual "Ora Vejamos..." 2009
Amizades,
O Encontro Anual "Ora Vejamos..." 2009, referente aos Concursos de Contos e Poesia do corrente ano, decorreu a 05-12-2009 no aprazível e excelente restaurante Adega do Mouzinho, em Leiria.
Juntou muitos amigos à volta do mentor do sítio "Ora Vejamos..." e dinamizador dos concursos, Henrique Sousa, entre concorrentes e acompanhantes.
Ficou-nos a lembrança duma tarde memorável que desejamos se repita mais vezes, e ficou-nos também imensa saudade dos ausentes.
A todos os Amigos do "Ora Vejamos...":
BEM-HAJAM!
sábado, 12 de dezembro de 2009
Joan Margarit
Joan Margarit na Casa Fernando Pessoa
Joan Margarit, uma das grandes figuras da poesia catalã contemporânea, lança o seu primeiro livro em Portugal a 14 de Dezembro, pelas 18.30h, na Casa Fernando Pessoa. Na sessão participará também o escritor Fernando Pinto do Amaral.
Casa da Misericórdia tem chancela da ovni e tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas, e recebeu, entre outros, o Prémio Nacional de Poesia em 2008, galardão conferido anualmente pelo Ministério de Cultura de Espanha à obra de poesia que mais se destaca em qualquer uma das línguas oficiais do país.
Para mais informações, por favor consulte:
Microsite OVNI dedicado à obra de Joan Margarit
Casa da Misericórdia no site da OVNI
http://www.ovni.org/2009/12/casa-da-misericordia/
Casa Fernando Pessoa
http://joanmargarit.ovni.org/cfp
OVNI® é uma marca registada
Efeito Avestruz Associação Cultural
Rua Fernando Pessoa, 59
2330-156 Entroncamento
Portugal
info@ovni.org
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Horas Meridianas - livro
Horas Meridianas
Carlos dos Santos Bueno [ autor ]
21 Novembro 2009, 18h00
Pub Beer Hunter, Oeiras
clique para ampliar
Pub Beer Hunter
Rua de Santo António, 6
2780-164 Oeiras
( junto à estação da CP de Oeiras )
21 442 91 68
GPS: N 38° 41.310, W 9° 19.30
domingo, 15 de novembro de 2009
Outra vez o Isaltino
O nosso amigo e distinto poeta oeirense Carlos Santos Bueno, de quem já falámos e publicámos poesia aqui e aqui, enviou-nos via email com pedido de publicação um delicioso poema que partilhamos convosco:
Outra vez o Isaltino
Príncipe dos ladrões, autarca,
Indomável, que nem os grilhões,
Da Santa Sé e da Comarca,
Deixam indiferente às opiniões.
És comum entre os de marca,
És do povo e dos Napoleões,
O português mais anarca,
Que conheci entre os ladrões.
Outros menos espalhafatosos,
Que roubaram não um ou dois milhões,
Mas muito mais aos idosos,
Da Caixa Nacional de Pensões,
Pedem-te a cabeça ociosos,
Ò Isaltino, Príncipe dos Ladrões!
9/10/2009
Carlos Santos Bueno
sábado, 8 de agosto de 2009
Aviso - actualização
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Caros Amigos:
Com a esperança que esta seja a última vez que abordo este assunto, actualizo a notícia que em 31 de Julho dei aqui, - na qual eu referia que por motivos de avaria técnica (computador) o meu trabalho na blogosfera estava comprometido -, informo que felizmente a situação está para já resolvida e espero voltar ao 'activo' com a energia e regularidade habituais.
Por ter perdido com estes percalços algum material já preparado e em preparação para publicação, além da necessária e demorada tarefa de 'arrumar a casa', estes primeiros dias irão ser ainda um pouco atribulados, mas espero em breve entrar no ritmo habitual, talvez com algumas novidades que entretanto me assomaram à ideia.
Com os desejos de que tudo volte rapidamente a rolar sobre esferas, e o anseio de depressa voltar ao vosso agradável convívio, até já!
José António Baptista
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sexta-feira, 31 de julho de 2009
Aviso
Caros Amigos:
Actualizando a notícia que em 23 de Julho fiz, apenas aqui no blog Espaço e Memória, na qual eu mencionava que por motivos técnicos, concretamente avaria de equipamento, previsivelmente breve, o meu trabalho na blogosfera, e não só nesta, estava comprometido e a sofrer alguns percalços, informo que infelizmente a situação se mantêm apontando neste momento as previsões possíveis para pelo menos mais uma semana, pelo que tão cedo não me será possível voltar ao vosso contacto.
Nota: Estou a publicar a partir duma outra máquina, que obviamente, não contém o material que necessito pelo que o que me é possível fazer é necessariamente muito limitado.
Com os desejos de que esta suspensão se resolva rapidamente, e o anseio de depressa voltar ao vosso agradável convívio, até já!
José António Baptista
terça-feira, 21 de julho de 2009
A pastora e o lobo mau
Uma fábula para adormecer criancinhas e manter os adultos acordados...
A PASTORA E O LOBO MAU
A chuva torrenciava descomunal no lombo do rebanho que estremecia e balia agrupando-se numa mole compacta de lã molhada e perninhas hesitantes e trémulas.
Abrigada sob uma azinheira, encostada ao tronco húmido e túrgido, modestamente vestida, a pastora fumava um chamom enquanto pensava na sua pobre vida.
Deixou o seu pensamento vogar ao sabor do vento no oceano das memórias mais remotas. Assomaram-lhe ao espírito os dias da juventude, de mocinha, em que pastoreava naqueles mesmos montes, e era hábito o lobo mau aparecer para a comer.
E o prazer que ela tinha em ser comida por ele!
Recordou, melhor, sentiu o calor subir-lhe do baixo ventre como naquela primeira vez que se repetiria por muitas outras. Quase todos os dias, que aquele lobo mau tinha uma fome insaciável!
Mas um dia isso acabou. O lobo mau desapareceu e ela nunca mais o viu.
Um dia chegou-lhe aos ouvidos que dois pastores tinham encurralado um lobo mau na serra, que o tinham matado à paulada e esfolado para aproveitarem o pêlo para as golas das samarras.
Nessa noite fria, na solidão do seu pequeno e acanhado quarto e na tepidez áspera do seu catre, o seu coração apertou-se, angustiou-se com a lâmina que nele se cravara com a notícia e ela chorou convulsivamente toda a noite. Até o sol raiar e ser chegada a hora de levar uma vez mais o rebanho ao pasto.
Perdera o seu lobo mau que tanto prazer lhe dera. Que tanto a fizera gozar.
Mas nem tudo se perdera para ela. Ficara-lhe como recordação desses belos tempos o lobinho que dentro do seu ventre crescera, e que ela pusera no mundo, ali em cima escondida atrás duma fraga. Sozinha e sem ajuda, não podia dizer a ninguém. Pessoa alguma a questionara, pois a barriga crescera pouco, visto o lobinho ser muito pequenino, pouco maior que uma romã. A roupa larga disfarçara bem. Não notaram que andara de esperanças. Nem o sinistro padreco da aldeia, manco duma perna, que sabia a vida de toda a gente, com seus olhos de coruja e faro de raposa, desconfiara. E assim parira.
No alto da serra, atrás dum penedo, bem camuflada com urzes, fizera uma toca bem acolhedora e quentinha onde deitara o lobinho em cima da camisola que despira para o efeito, dissera em casa que a tirara com o calor e a perdera, e de noite, todas as noites, saía de casa na aldeia lá em baixo, sem ninguém dar por ela, depois de adormecerem, e subia até à toca para levar leite e alimentar o seu lobinho que, claro, com tanto amor e desvelo cresceu e se fez um belo e possante lobo negro que, por sinal, não parecia tão mau como o pai.
Mas também ele um dia partira para parte incerta.
Uma noite ela subira até à toca para lhe ir levar um belo naco de carne e ele não estava.
A toca estava vazia. Gelada.
Chamara-o num lamento pungente, lancinante, mas ele não respondera ao apelo materno e nunca mais o viu ou soube dele. Perguntar a alguém se o tinha visto estava fora de questão. Nunca poderia revelar o seu segredo. Antes viver eternamente na dor da separação e perda.
O certo é que, acreditava, tinha sinais dele. Sempre que em noites de lua prenha ela ouvia um uivar longínquo como um lamento solitário no alto da serra, sentia um aperto no coração pois reconhecia naquele grito lancinante a voz da sua descendência, da sua cria agora adulta. Era como se ele lhe gritasse de longe "não chores, mãe, eu estou aqui e estou bem!"
O tempo passou no seu constante ramerrão.
A pastora continuou na sua vida de sempre, a pastorear na mesma serra, pelo meio das mesmas fragas e penedos, nos mesmos pastos, andando pelas mesmas veredas.
Um dia, quando na volta conduzia o rebanho a caminho do redil, a meio da encosta cruzou-se no caminho com outra pastora de outra aldeia, sua amiga e conhecida de longa data, que também conduzia um rebanho, e pararam a conversar um pouco as duas, rodeadas pelos animais entretidos a tasquinhar algumas ervas das bermas.
Perguntou à outra como lhe tinha corrido o pastoreio e achou curiosa a resposta "melhor que nunca!" e não deixou de notar a expressão cintilante no olhar da outra quando o disse.
Insistiu com ela para que lhe contasse pormenores, se as ovelhas e as cabras tinham comido bem, se o pasto era abundante, se tinha visto alguém, se ela também se sentia sozinha lá no alto, o que é que fazia para passar o tempo, e por aí afora. Conversa de pastoras.
Tudo o que a outra lhe respondeu correspondia a um dia normalíssimo de pastoreio, por isso achava excessiva a tal resposta "melhor que nunca!".
Tanto insistiu, tanto insistiu com a outra, afinal eram tão íntimas pois tinham partilhado a mesma carteira na escola, e feito a comunhão no mesmo dia e na mesma capela, que ela finalmente cedeu às suas insistências e aos votos e juras de que a sua boca nunca se abriria.
O seu rosto rasgou-se num enorme sorriso e uma quente e funda alegria inundou-lhe o coração quando a ouviu exclamar:
— HOJE, FUI COMIDA PELO LOBO MAU!
Oeiras 21 Julho 2009
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